DOENÇA DE HUNTINGTON
·
As principais características da DH podem ser
consideradas como uma tríade de:
o
Distúrbio de movimento, geralmente de natureza
coreica
o
Perturbação afetiva
o
Déficit cognitivo
·
A doença é hereditária de forma autossômica
dominante, de modo que em média, metade da prole de uma pessoa afetada será
igualmente afetada.
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A perda mais impressionante de células neuronais
ocorre nos núcleos de base, em especial no núcleo caudado e putâmen, que juntos
são denominados corpo estriado. Contudo, é preciso observar que a perda de
células neuronais ocorre em outras áreas do cérebro, inclusive o córtex.
·
O corpo estriado recebe neurônios excitatórios
do córtex e tem neurônios eferentes que contém neurotransmissores GABA e
substância P ou GABA e metencefalina. Esses neurônios projetam-se para o globo
pálido medial e para a substância negra por vias diretas e indiretas. A perda
de neurônios da via indireta resulta em perda da inibição do globo pálido
lateral, que produz mais inibição no subtálamo, menos estimulação do globo
pálido medial, menos inibição do tálamo e superestimulação do feedback
talamocortical, resultando em COREIA. A perda de neurônios da via direta produz
maior inibição do tálamo, menos atividade do feedback talamocortical, levando à
BRADICINESIA e RIGIDEZ. A distribuição exata dos sinais motores verificados em
um paciente dependerão, em parte, do grau de degeneração entre essas duas vias.
SINTOMAS
E COMPLICAÇÕES SECUNDÁRIAS NA DOENÇA DE HANTINGTON
SINTOMAS
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COMPLICAÇÕES
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Movimentos coreiformes
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Assimetria; lesões;
perda da ADM; perda de função
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Rigidez
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Perda
de ADM; imobilidade; contratura/deformidade; dor
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Espasmos
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Movimentos
exagerados da cabeça e pescoço; dor nos movimentos no final da amplitude
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Anormalidades na fala
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Colapso da
comunicação
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Problemas de deglutição
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Aspiração;
Infecções torácicas
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Perda de peso
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Infecções;
problemas de PA; cicatrização ruim dos ferimentos; fadiga; debilitação
generalizada
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Incontinência
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Desconforto; falta
de dignidade
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FISIOTERAPIA NA DOENÇA DE HUNTINGTON
Atualmente não existem meios para deter a progressão
da doença, mas a fisioterapia pode ser valiosa na prevenção de complicações
secundárias e na manutenção da independência pelo maior tempo possível.
Nos estágios inicial e intermediário, a fisioterapia visa
manter o equilíbrio e a mobilidade, e nos estágios intermediário e tardio,
atingir o posicionamento e o conforto ideais. Os dispositivos auxiliares da
mobilidade podem ser prescritos quando apropriado. O fisioterapeuta também pode
ensinar técnicas de relaxamento para o paciente e instruir os cuidadores quanto
às técnicas de movimento e manipulação.
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