segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

ESCLEROSE MÚLTIPLA



v  É a principal causa de incapacidade neurológica em adultos jovens e de meia idade, portanto, é uma patologia de importância inigualável. Contudo seu resultado final é imprevisível, com manifestações multiformes. Seu curso pode variar de um simples déficit neurológico transitório até, na forma mais grave, óbito em poucas semanas ou meses.

v  É uma doença DESMIELINIZANTE (patologia que apresenta destruição da mielina mediada pelo sistema imunológico).


v  Com a perda da mielina, o potencial de ação não é conduzido normalmente e a função do nervo cessa efetivamente.

v  O exame macroscópico do encéfalo e da medula espinal revela as placas características da EM. As lesões são disseminadas de forma aleatória e total nos hemisférios cerebrais, tronco encefálico, cerebelo e medula espinal, embora haja preponderância de lesões na SUBSTÂNCIA BRANCA periventricular, em especial nos cornos anterior e posterior dos ventrículos laterais e no interior do nervo óptico e quiasma óptico.


v  O pensamento atual formulou a hipótese de que a EM é o produto de fatores ambientais e genéticos. A exposição a alguns agentes externos, possivelmente virais, durante a infância nas pessoas geneticamente suscetíveis, resulta em resposta autoimune que se forma contra a mielina ativa.

v  Como muitas doenças autoimunes, a EM é duas a três vezes mais comuns em mulheres.


v  INÍCIO DOS SINTOMAS – ao questionamento direto, muitos pacientes queixam-se de vagas sensações de mal-estar nos meses ou anos precedentes. Essas “sensações” normalmente tomam a forma de distúrbios sensoriais esporádicos, incômodos e dores ou letargia. Em geral, há história que sugere claramente um episódio anterior de desmielinização, como visão dupla, cegueira, vertigem ou fraqueza nos membros. A desmielinização pode ocorrer em qualquer ponto da substância branca no SNC. Consequentemente, a apresentação inicial da EM pode ser muito variável e atípica. O diagnóstico é sugerido quando o adulto jovem ou de meia idade apresenta um episódio bem definido de déficit neurológico, por exemplo, fraqueza e/ou insensibilidade em um ou mais membros. O início dos sintomas pode desenvolver-se de forma aguda, em minutos, ou pode ser crônico, durante meses.

v  OUTROS SINTOMAS

o    Em cerca de 25% dos casos, a apresentação é perda visual aguda ou subaguda em um olho. Os movimentos oculares são dolorosos. Isso é devido a uma lesão no nervo óptico, conhecida como neurite óptica ou neurite retrobulbar. A remissão em geral começa espontaneamente em semanas. Com frequência, a doença começa com os sinais e sintomas de disfunção cerebelar, com nistagmo, ataxia e disartria cerebelar. A combinação de nistagmo, fala pastosa e tremor por intenção é conhecida como TRÍADE DE CHARCOT e é uma das características clássicas da EM.

o   A propagação de um potencial de ação ao longo de um neurônio é bastante afetada pela TEMPERATURA. A condição nervosa na região de desmielinização parcial é um estado crítico de descompensação, através do qual um pequeno aumento da temperatura pode resultar em bloqueio de condução, cuja manifestação clínica é o FENÔMENO DE UBTOFF.

o   ESPASTICIDADE; DOR; SINTOMAS URINÁRIOS E INTESTINAIS; FADIGA; TREMOR; DISFUNÇÃO SEXUAL; PROBLEMAS PSICOLÓGICOS; EPILEPSIA...
                     
v  ALGUMAS METAS DA FISIOTERAPIA
o   Manter e aumentar a ADM
o   Incentivar a estabilidade postural
o   Evitar contraturas
o   Manter e incentivar o apoio de pesos (para manutenção do equilíbrio)
o   Mitigar a dor
o   Reduzir a espasticidade

                                

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