segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

LESÕES NOS NERVOS PERIFÉRICOS

LESÕES NOS NERVOS PERIFÉRICOS

As consequências de uma lesão em nervo periférico podem ser:

·         PERDA DA SENSIBILIDADE – com risco de danos à pele e nas articulações
·         PARALISIA – causando atrofia e deformidade fixa, e dor

CAUSAS E INCIDÊNCIAS DE LESÕES EM NERVOS PERIFÉRICOS
LESÃO
CARACTERÍSTICA
AGENTE

ABERTA
Suja

Limpa
Faca, vidro, estilete

Projéteis, queimaduras, fratura/luxação exposta
FECHADA
Compressão – isquemia

Tração – isquemia



Térmica

Irradiação

Injeção

·         Neuropatia por pressão no paciente anestesiado
·         Síndrome do compartimento

·         Luxação por fratura

·         Queimadura térmica

·         Neurite por irradiação

·         Bloqueio anestésico regional, cateterização intravenosa ou intra-arterial



CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES DE NERVOS
SEDDON
SUNDERLAND
ANATOMIA
NEUROFISIOLOGIA
NEUROPRAXIA
GRAU I
Axônio e bainha da fibra intactos
Condução distal mantida – sem fibrilação – sem dor
AXONOTMESE
GRAU II e III
Interrupção do axônio e degeneração walleriana distal
Perda de condução;
Fibrilação
NEUROTMESE
GRAU IV e V
Interrupção do tronco nervoso e degeneração walleriana
Perda de condução;
Fibrilação


LOCAIS COMUNS DE LESÃO DOS NERVOS PERIFÉRICOS

A lesão do PLEXO-BRAQUIAL é a mais grave dos membros superiores, porque afeta a inervação de todo o membro.
Nos membros inferiores, as lesões comuns de nervos são:
 nervo ciático – por ferimentos n a pelve e nas coxas ou luxação do quadril;
·         nervo fibular comum – por fraturas no colo da fíbula;
·         nervo tibial posterior – por fraturas supracondilares do fêmur.

DIAGNÓSTICO, SINAIS E SINTOMAS

·         Verificação da função muscular (força) e sensibilidade
·         Diagnóstico diferencial – quando há perda de sudorese e do tônus vasomotor depois de ferimentos em um nervo é indicativo de lesão degenerativa (axonotmese e neurotmese), não podendo ser neuropraxia em face das evidências.
·         Dor – forte em queimação (projéteis) e/ou “dor elétrica” (causada por avulsão, que sobrbevém quando os nervos espinhais foram diretamente rompidos a partir da medula espinal).
·         Investigações especiais:
o   Eletroneuromiografia – detecta a resposta do músculo à inserção de agulhas concêntricas, fazendo a distinção entre bloqueio de condução (neuropraxia) e as lesões degenerativas (axonotmese e neurotmese).
o   Investigações radiológicas – demonstram o estado dos  nervos espinais no interior do canal espinal.

TRATAMENTO CLÍNICO E CIRÚRGICO

É essencial o reparo e o tratamento imediato dos nervos danificados, próprio das lesões associadas de vasos sanguíneos, esqueleto, músculos e pele.
A cirurgia precoce inclui o tratamento de feridas a céu aberto, reparo dos danos vasculares (rompidos) e reparo de nervos cortados, que podem implicar enxertos.
Os procedimentos cirúrgicos posteriores são: simpatectomia ou desaferenciação devido as dores fortes; cirurgia reconstrutiva, como transferência de tendão para restaurar a função; e amputação em casos em que outros meios de tratamento não tiveram êxito.

PRINCÍPIOS DE CONDUTA FISIOTERAPÊUTICA EM PACIENTES COM LPB

·         Avaliação: dor, sensibilidade, edema, ADM ativa e passiva e força muscular
·         Objetivos de tratamento:
o   Controle da dor – analgesia
o   Manter ou aumentar a ADM
o   Manter ou aumentar a potencial muscular
o   Controlar edema
o   Ensinar consciência postural
o   Ensinar os cuidados com o membro afetado
o   Evitar deformidades

Após a cirurgia o membro ficará imobilizado, porém as extremidades devem ser tratadas com exercícios de ADM para evitar a rigidez e a perda da ADM.

·         REABILITAÇÃO POSTERIOR – os objetivos continuam os mesmos
·   TRATAMENTO DE CASO ANTIGO – concentra-se em readquirir ADM, potência muscular, boa postura e controle da dor.



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