terça-feira, 15 de outubro de 2013

CARACTERÍSTICAS E SINAIS CLÍNICOS DOS ESTÁGIOS DE INFLAMAÇÃO, REPARO E MATURAÇÃO DOS TECIDOS


O exame da região envolvida em uma lesão é um pré-requisito para determinar se o tecido está no estágio agudo, subagudo ou crônico de recuperação.

EXPEMPLOS DE LESÕES DE TECIDOS MOLES

o    Distensão – alongamento excessivo, esforço exagerado, uso repetitivo do tecido mole. Termo mais usado em casos de comprometimento musculotendíneo.
o    Entorse – distensão grave associada a sobrecarga intensa, estiramento ou laceração dos tecidos moles. Termo mais utilizado para ligamentos.
o    Luxação – deslocamento de parte óssea de uma articulação.
o    Subluxação – uma luxação incompleta.
o    Ruptura ou laceração de músculo – autoexplicativo
o    Lesões tendíneas –
§  Tenossinovite – inflamação da membrana sinovial que cobre um tendão.
§  Tendinite – degeneração do tendão que pode resultar na formação de cicatriz ou depósito de cálcio.
§  Tenovaginite – inflamação com espessamento da bainha tendínea.
§  Tendinose – degeneração do tendão devida a microtraumas repetidos.
o    Sinovite – Inflamação de uma membrana sinovial.
o    Hemartrose – Sangramento dentro de uma articulação, geralmente decorrente de um trauma grave.
o    Gânglios – tumefação da parede de uma cápsula articular ou bainha tendínea.
o    Bursite – Inflamação de uma bursa.
o    Contusão – Lesão decorrente de um golpe direto.
o    LER – sobrecarga ou desgaste por atrito repetido, submáximo de um músculo ou tendão, que resulta em inflamação e dor.


CARACTERÍSTICAS E SINAIS CLÍNICOS DOS ESTÁGIOS DE INFLAMAÇÃO, REPARO E MATURAÇÃO DOS TECIDOS.
Estágio Agudo:
Reação inflamatória
Estágio Subagudo:
Reparo e cicatrização
Estágio Cônico:
Maturação e remodelamento

Características
Alterações vasculares, exsudação de células e substâncias químicas;
Formação de coágulo;
Fagocitose, neutralização dos irritantes;
Atividade fibroblástica inicial.


Sinais Clínicos
Inflamação;
Dor antes de encontrar a resistência dos tecidos.



Intervenção Fisioterapêutica
FASE DE PROTEÇÃO

Controle dos efeitos da inflamação
(modalidades físicas)
Repouso/Imobilização seletiva
(promoção da cicatrização inicial)
Prevenção dos efeitos prejudiciais do repouso
(movimento passivo, massagem e exercícios isométricos intermitentes leves e com cuidado


Características
Remoção dos estímulos nocivos;
Formação dos leitos capilares dentro da área;
Formação de colágeno;
Tecido de granulação;
Tecido muito frágil, facilmente lesado.

Sinais Clínicos
Diminuição da inflamação;
Dor sincronizada com a resistência do decido.



Intervenção Fisioterapêutica
FASE DE MOVIMENTO CONTROLADO

Promoção da regeneração; desenvolvimento de uma cicatriz móvel.
(exercícios ativos, resistidos, estabilização em cadeia aberta e fechada e exercícios   para resistência muscular à fadiga não-destrutivos, cuidadosamente progredidos em intensidade e amplitude.

Características
Maturação do tecido conjuntivo;
Contratura do tecido cicatricial;
Remodelamento da cicatriz;
Alinhamento do colágeno à tensão.



Sinais Clínicos
Ausência de inflamação;
Dor após encontrar a resistência do tecido.



Intervenção Fisioterapêutica
FASE DE RETORNO À FUNÇÃO

Aumento da força e alinhamento da cicatriz; desenvolvimento de independência funcional
(aumento progressivo dos exercícios de alongamento, fortalecimento, treino de resistência à fadiga, exercícios funcionais e específicos.



Fonte: Kisner e Colby.  Exercícios Terapêuticos

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